7.11.05

A ilusão do amanhã


Aleppo! Vista de longe, ao lusco-fusco, a citadela dir-se-ia um pudim. Por aqui passaram caravanas de mercadores da Mesopotâmia, da Pérsia e da Índia, ao encontro de comerciantes vindos de Veneza e de Génova. Há quem diga que é das mais antigas cidades habitadas. Reconhecem-lhe população dezoito séculos antes de Cristo. Foi arrasada pela guerra dos Persas e dos Mongóis, destruída pela surpresa dos vários tremores de terra. Entre o que ficou, vagueiam nocturnas prostitutas russas, restos de um império arrasado pela ilusão do manhã.