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Talvez fosse a tonalidade violácea daquele céu, ou porventura aquela rede incerta, armada entre hesitantes postes. Era seguramente a tristeza punitiva daqueles poentes. A verdade é que não há amargura maior que a de um mar longínquo, saudade pior que a de não ter um lar. Afogando-se na linha do horizonte, o sol parece desistir de viver. Regressa sempre amanhã, chamando esperança à ilusão, convocando-me para o festim do seu içar-se soberbo nos céus do eterno retornar.