7.4.06

A decadência das convicções

Não sei que dura religiosidade, acre misticismo, adocicado paganismo recolhi aqui, neste momento ortodoxo de uma festa que sempre e deixou indiferente. Cresci a celebrar o Natal e as prendas, a desconsiderar a Páscoa e o seu folar. Depois, era o receio das amêndoas e dos dentes podres. Hoje, na decadência das convicções, tudo sentido de entre o que havia para sentir, idos mesmo os próprios dentes, secas as esperanças na salvação, é apenas uma fotografia. Vejo-os, fiéis e convictos virando-me as costas, como merece a minha danação.