5.4.07

A terra dos meus

Vista daquela enregelada janela, em que o próprio vidro parecia gelo, a montanha abraçava-nos, amiga, envolta em bruma e escondida na distância. Naquele dia, sentados à mesa, a toalha dos domingos, o guizado dos dias de festa, o nosso pai dividia entre nós o pão comum.
Sentido hoje, memória de um tempo feliz, desse dia ficou apenas esta fotografia.
Olho para ela com a nostalgia de quem se procura. Não mais lá voltarei, à terra dos meus onde nada me pertence e a tudo sou alheio.