15.9.08

A primavera do sentir

O que há de trágico na recusa é a ausência de certeza da pertença. Depois é apenas a redenção dos afectos, a sublimação da esperança. Todos os dias o mundo volteia sobre a expectativa de amanhã. Um dia tudo isso se torna literatura, ressequido o passado na forma de criar a rosa poética do dizer. Numa esquina do amanhecer dois jovens abraçam-se prometendo-se sonhos. E eu irmano-me naquele modo íntimo e primaveril de sentir.