Imagine-se que ao chegar de uma longa viagem a memória retenha em sonho que se viajou até aqui. Imagine-se ao alcance dos pés o gorgorejar da água tranquila a espreguiçar-se na margem, à distância da vista o fundo celeste recortado em silhueta sob a névoa, o musgo a atapetar um chão onde apetece dormir, imagine-se um local onde se deseja ficar.
Imagine-se que ao chegar se sonhou não ter regressado, como na fotografia de uma adolescência de onde jamais se deveria ter partido, muito menos em viagem.