24.1.09

Anseio de noite

Fica nas narinas o odor a chuva, trazida pelos anéis do vento, nos olhos a gradação da sombra, no coração o eco de paz. A Natureza chama à quietude, à tranquilidade, ao contentar-se o corpo com pouco, o reclamar-nos a alma, tudo. Amigáveis, as palmeiras acenavam-me adeus. Julgava que se despediam quando afinal chamam.
A esta hora o dia está-lhes a findar, um anseio de noite possui-os como um prémio. São excertos de memória, um intervalo de uma contida alegria.