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Há no mundo da infinita sede e da absoluta desolação, o tempo ido de uma causa, de uma ideia, de um sonho. Às vezes é apenas uma folha de um livro tirado de um armário envidraçado, folheado no conforto do bar de um hotel, longínquo no espaço, perdido no tempo, fazendo tempo para o jantar. Quando, em 1926, escreveu «Os sete pilares da sabedoria» T. E. Lawrence disse que até então tinham vivido todos de qualquer modo sob um céu indiferente; um dia o sol fermentou-os. É isso que que eu vim dizer aqui, agora que é noite e um céu pujante de estrelas se abate sobre nós.