19.10.08

A vida esperançosa

Quando o sol se afunda no mar gelado, as águas não aquecem. A alma de quem assiste ao poente tardio, essa, gela. Num mundo de cores todas as tonalidades se concentram. No momento da agonia solar, é o silêncio que anuncia, trágico, o iminente começo da noite. Em certos dias a lua já está no céu e com ela a esperança das marés, a fertilização do ventre da terra.

7.10.08

Hugo Bernardo

De súbito um homem vai dando conta. Começa por serem uns desenhos, esboços inocentes nas toalhas dos restaurantes, em papéis soltos que vão ficando por onde calha. Um dia chegam os óleos, as telas, o cavalete. Há um momento em que gostaríamos que nos decorasse a casa com os seus quadros, mas hesitante diz que é para depois e pergunta porquê. Agora, mais afirmativo, criou um blog com o seu próprio nome. Chama-se Hugo Bernardo, ele e o blog. Sucede ser meu filho. Independentemente disso, vim aqui dizê-lo.