30.11.08

A queda

Espera-se sempre grandeza no trapezista, na justa proporção do seu risco. Estando em causa a vida, que jogue nisso tudo o que quer viver. Claro que, às vezes, a corda bamba é um ténue fio, que mal se imagina debaixo dos pés. Senti-lo, é então a vertigem de todo um mundo de equilíbrio a desmoronar-se. Sob o incerto holofote da precária glória, há a figura ridícula, transido de medo, porque desta vez cair é morrer. O público, ignorante, ri, pedindo mais.