Devo à minha amiga T o ter encontrado a fotografia, o tê-la digitalizado, recortada, o tê-la enviado. São estes os laços bons que a blogoesfera cria. Lembrei-me da Agustina esta manhã, não no seu livro em azul que estou a ler e que deixei a meio, a faltar ainda a primeira parte, porque sigo pelos seus capítulos do fim para o princípio, os do fim talvez mais apetitosos; sim por ter comprado, há uns anos A Contemplação Carinhosa da Angústia, numa Feira do Livro nas Caldas da Rainha, eu de férias então em São Martinho do Porto. Tudo isso está hoje muito distante. Fui buscá-lo agora à estante, deixando lá os seus companheiros, fruto de uma obra que não consegui reunir na totalidade. Uma sensação vergonhosa de não lembrar nada, eis o que sinto. De que valeu a pena ter lido, se a recordação que fica é apenas de terem sido tristes os dias em que me alegrei a ler o que afinal já esqueci? Talvez seja essa a renovada esperança, a superstição do recomeço, a tentativa de viver a vida do fim para o princípio, em rejuvenescimento perpétuo.