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Tínhamos chegado nesse Verão talvez mais cedo do que em todos as outras vezes antecedentes, ou então terá sido num daqueles fins de semana que terminam no pesadelo do domingo à noite, a agressividade do regresso, o insuportável do arrumar sacos, malas para carregar, o não haver jantar que apeteça, as crianças chorosas de sono, os pais desiludidos do esforço, o amanhã ser segunda-feira. Lembro-me do exacto momento, o do reencontro com a brisa marítima, o acre marítimo daquele lugar. Era o tempo da melancolia sem motivo, das férias por obrigação, da família como atrelado. Voltei hoje aqui, fotograficamente apenas, tolhido de desejo, esquecido da saudade.